Pobreza menstrual no Brasil é uma dura realidade

Você já ouviu falar em pobreza menstrual? Eu admito que antes de ouvir falar sobre isso eu não fazia ideia do que milhares de mulheres e meninas ( e demais pessoas que menstruam; como homens trans e não binários) enfrentam todos os meses no Brasil. Pobreza menstrual é caso de saúde publica e até mesmo de direitos humanos. Afinal são milhares de vidas sem acesso ao básico e necessário.

É preciso nos conscientizarmos desta dura realidade. Pois assim quem sabe; conseguiremos reverter um pouco a cada dia esta situação e levar mais dignidade a estas pessoas. A pobreza menstrual é um fenômeno complexo; mas precisamos discutir propostas.

O que é pobreza menstrual?

Pobreza menstrual se refere ao fato de que muitas mulheres não possuem acesso a absorvente e condições básicas de higiene. Pois isso se deve a precariedade no saneamento básico; falta de recursos; tabus sobre a menstruação; impostos sobre produtos menstruais; sem acesso a água; falta de itens como sabonete; mas além disso até sem acesso a banheiro. Como é o caso de mulheres em situação de rua.

São muitos os desafios de acesso a insumos de saúde. Isso tudo evidencia e escancara a desigualdade social; racial e de renda; e mostra o impacto negativo na vida destas pessoas. Afinal milhares de meninas pelo Brasil deixam de estudar no período menstrual. Mas além da trajetória educacional; a profissional também sofre com isso.

Com a falta de absorvente; as mulheres acabam improvisando para conter o fluxo. Como papel; roupas velhas; etc. Já em outros casos a troca do absorvente não é adequada. Pois acabam ficando por muitas horas com o mesmo, como forma de economizar. Mas isso tudo acaba prejudicando a saúde. Porque pode ocorrer vários problemas como; alergias; irritações; infecções; candidíase; etc. Além de impactar a vida fisicamente, isso tudo também possui um peso emocional, afinal trás insegurança, desconforto…

A importância da educação menstrual

Por mais que eu menstrue todo mês, foi um choque para mim me deparar com esta realidade. Portanto é importante dizer que é necessário a educação menstrual. Pois os tabus da menstruação só servem para atrapalhar e aumentar ainda mais a desigualdade. Mas além disso; a educação menstrual auxilia na prevenção á gravidez precoce; no autoconhecimento. No entanto é importante dizer que esta educação se refere a todos e não apenas as mulheres. Pois dessa maneira haverá menos desinformação, descriminação e mais empatia.

De acordo com pesquisa realizada pelo UNICEF em 2018; para garantir a dignidade menstrual é preciso trabalhar em várias áreas como: Educação de qualidade; equidade de gênero; água e saneamento; erradicação da pobreza… Então; só aí já percebemos o grau da complexibilidade. Outros dados apontados na mesma pesquisa são de que muitas meninas no Brasil não possuem acesso adequado a papel higiênico, pias e sabão em suas escolas. “Quase 200 mil alunas; são privadas de condições para se cuidar no período mesntrual em suas escolas.”

O que podemos fazer?

Em 2019, Rafaella de Bona em palestra ao TEDx trouxe uma solução sustentável e disse: “Precisamos lutar para que o acesso aos produtos de higiene menstrual seja um direito e não um empecilho“. Então aproveite e confira abaixo a palestra completa. Pois é bastante esclaredora.

Campanha #MeninaAjudaMenina de Always

A empresa Always lançou uma campanha em Maio em que cada absorvente comprado seria doado outro para quem mais precisa. Essa campanha já se encerrou. Mas acredito que podemos nos inspirar.

O primeiro passo é conscientizar cada vez mais pessoas sobre este problema no Brasil. E quem puder, pode se unir a ONGS que ajudam mulheres nesta situação. Cada ajuda é bem-vinda. Então vamos fazer nossa parte.

E aí charmosa, mas agora me conta, você sabia desta realidade? Conhece alguém que já viveu ou vive isso ? Que tal este tema virar pauta entre os bate papos com suas amigas, no trabalho… Talvez alguém próximo de você esteja precisando de ajuda. Afinal; quando nos unimos; mudanças acontecem.

Beijos!!